Quando a gente ouve falar em Milícia, logo pensa nas que atuam no Rio de Janeiro. É que estas são as milícias mais conhecidas. Mas esse formato de atuação do crime organizado está espalhado por todo país, inclusive fora das metrópoles, nos ambientes rurais.
Assim como as urbanas, as Milícias Rurais são organizações criminosas compostas por agentes públicos de segurança, particularmente policiais ou ex-policiais militares, além de civis armados. Elas atuam como um poder paralelo ao estado, algo como um exército particular.
No caso das Milícias Rurais, esse exército está muito ligado a latifundiários. Mas apesar de originalmente exercem a segurança privada a mando de fazendeiros, esses grupos têm crescido a ponto de defenderem seus próprios interesses econômicos, geralmente associados a atividades ilegais.
Entre as principais vítimas das Milícias Rurais, estão movimentos populares do campo, como movimentos sem terra, e comunidades tradicionais como quilombolas e indígenas. São elas que tem atuado no extremo sul da Bahia, por exemplo, contra as retomadas de territórios indígenas.
Quatro PMs já foram presos por suspeita de participação nos três últimos homicídios cometidos contra os jovens indígenas Pataxós do Território Indígena Barra Velha, em Porto Seguro, e da Comexatibá, em Prado.
Saiba mais sobre o caso no artigo, escrito pelo Ideas na Coluna da Rede Justiça Criminal no site do Mídia Ninja.
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