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Truká Tupan: conheça mais sobre essa aldeia indígena da Bahia

Em julho, a equipe do PPDDH-BA fez visita in loco na Aldeia Truká Tupan. A comunidade apresentou o território e suas demandas para a articulação das medidas de proteção aos defensores de direitos humanos inseridos no programa, para preservar a continuidade de sua militância no próprio território de atuação.


Aldeia Truká Tupan, de Paulo Afonso - Bahia.
Aldeia Truká Tupan, de Paulo Afonso - Bahia. Foto: Diogo Andrade.

Os Truká Tupan habitam principalmente a região de Paulo Afonso, sertão baiano. Em uma área de aproximadamente 3.000 m2, a aldeia indígena, que se identifica como Tupan, possui cerca de 15 famílias oriundas dos povos Truká, Pankararu, Atikum, Fulni-ô e Xucuru-Kariri.


Há uma grande importância do Território para os Truká-Tupan que tem por princípio a continuidade de sua história. As narrativas deste grupo apontam uma trajetória de lutas que incide sobre costumes, fortalecimento da organização grupal, auto-territorialidade, relações ecológicas e reencontros com suas ritualidades. Há mais de 5 anos lutam para conseguir o efetivo direito a terra.


Maria Erineide, conhecida como Cacica Neide, é uma das defensoras inseridas no programa. A liderança do território Truká Tupan tem na espiritualidade a força para manter sua luta em prol da história, ancestralidade e continuidade da cultura do seu povo. Ela traz a potência do Cacicado feminino na sua liderança.


Cacica Erineide, liderança do aldeamento Truká Tupan.
Cacica Erineide, liderança do aldeamento Truká Tupan. Foto: Diogo Andrade.

“A marca de gênero constitui relações diferenciadas neste aldeamento. É na força do cacicado feminino que o lugar da mulher deixa de ser invisível para dar lugar a dois importantes elementos: a autoridade organizativa do grupo e a dimensão simbólica que constitui espaços sociais e produtivos de transmissão de conhecimentos e valores de natureza equitativa.”

- Trecho do livro: “POVO TRUKÁ-TUPAN- A natureza sagrada tem aviso e tem encanto”.


Cacica Neide estava com a sua Medalha da Ordem 2 de Julho – Libertadores da Bahia. O titulo é a mais alta honraria do Estado e homenageia à atuação daqueles que se destacam em prol da garantia das liberdades públicas.


Cacica Neide com sua medalha 2 de Julho.
Cacica Neide com sua medalha 2 de Julho. Foto: Diogo Andrade.

“Nós pede muito ao nosso pai Tupan, aos Encantados, às forças da Jurema sagrada que nós é de ficar aqui, que já tamos assentado aqui. Já temos nossa Oca, temos nosso terreiro, nosso Cruzeiro e as nossas Juremas sagrada que é nossa Jurema de nossa cura [...]. E confiando em Deus, nós é de ficar aqui, que aqui é nosso lugar.”

- Cacica Neide - Trecho do livro “Povo Truká Tupan - De Paulo Afonso pra Bahia”.


Cacica Neide com sua medalha 2 de Julho.
Cacica Neide com sua medalha 2 de Julho. Foto: Diogo Andrade.

Aldeia Truká Tupan, em Paulo Afonso - Bahia.
Aldeia Truká Tupan, em Paulo Afonso - Bahia. Foto: Diogo Andrade.


Para saber mais sobre os Truká Tupan acesse os livros:

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